Holacanthus tricolor ( peixe soldado )

Da familia dos Pomacantídeos, o Holacanthus tricolor, é um peixe ornamental, pertencente ao Atlântico tropical. Territorialista ao extremo, podendo brigar até a morte para proteger sua área, o que significa que não é aconselhável, manter mais de um no mesmo aquário. Na natureza se alimentam de milhares de corais, esponjas, vermes, anêmonas, algas etc. Por conta dessa variabilidade na sua alimentação é um pouco complicado de se ter em casa, mas uma vez adaptado a ração vive bem em cativeiro. Faz parte do grupo de peixes que, talvez sejam os mais lindos do mundo, os peixes-anjos, que possuem lindos movimentos, com cores vivas e muitas delas fluorescentes.

Foto: Moisés Araújo
Texto: Pedro A. Saldanha

Anêmona pires ( Stichodactyla mertensii )

Vamos começar pela origem do seu nome, Pires. Essa denominação se dá devido ao seu formato, que se assemelha a um pires. São conhecidas como flores do mar, mas quando se escuta falar em anêmonas, pensamos logo no peixe-palhaço ( Amphiprion ocellaris ), ou melhor peixe das anêmonas, ou ainda 'Nemo', por conta do filme 'Procurando Nemo', em que a anêmona e tratada com a 'casa' desse peixe. Porém, além de abrigo, é ameaça para alguns, pois se alimentam de moluscos, larvas, medusas, crustáceos, e até mesmo peixes e estrelas-do-mar. Podem ter tentáculos ou não. Sua reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Pertencem ao filo Cnidária. E podem ser criados em aquários, desde que se tenha água em boas condições e com temperatura não muito elevada.

 Anêmona pires com algas zooxantelas em simbiose

  

Fotos e texto : Pedro Saldanha

Salema ( Anisotremus taeniatus )

É caracterizado pelas suas listras, de 6 a 8, alternando entre um azul claro fluorescente e um amarelo, além de duas listras pretas passando pela cabeça. Possui um corpo alto e achatado, pode ser encontrado em todo o litoral brasileiro, em profundidades entre 2 e 20 metros com fundos rochosos ou com recifes. Sendo encontrado andando em pequenos cardumes ou de forma solitária, mas na época de reprodução podem formar grandes agregações. A média de tamanho varia entre 20 a 30 cm, mas já foram encontrados com até 40cm. Emite uns sons na medida em que varia o volume de ar dentro de sua bexiga natatória ( orgão que garante sua flutuabilidade ) e ao ranger o dentes. Se alimentam de  crustáceos, moluscos e outros invertebrados e, quando jovem se alimentam de parasitas de peixes maiores.

Foto e texto: Pedro Saldanha

Falso voador ( Dactylopterus volitans )

Também conhecido como coió, peixe cabra, essa criatura é bem exótica. Possui duas barbatanas que abre quando se sente ameaçado, para parecer maior do que realmente é, e assim espantar os possíveis predadores. Mas é muito famoso com seu outro nome, falso voador. O nome 'falso' porque existe uma outra espécie que salta para fora da água e abre barbatanas muito parecidas, que o faz planar por curtas distâncias. Ao contrário do peixe voador, os falsos voadores têm sua aerodinâmica fisicamente contraditória ao voo. Possui uma cabeça proporcionalmente grande e pesada, envolvida por uma carapaça. Se alimentam de crustáceos e moluscos. Possui falsos artelhos ( tipo de patas ) para repousar ou mesmo se locomover no fundo do mar.

Falso voador no Farol da Barra.

Foto e vídeo : Moisés Araújo

Texto : Pedro Saldanha

Caranguejo aranha (Stenorhychus seticornis)

Arrow crab, caranguejo de seta, são algumas das denominações dessa criatura amarronzada com garras roxas. Têm um corpo triângular, com uma cabeça bem pequena colada no seu tórax e, pés articulados longos. São excelentes limpadores, assim como o camarão palhaço, mas deve-se tomar aluns cuidados caso queira tê-lo em um áquario, tais como : colocar peixes rápidos e espertos, pois eles costumam se alimentar de peixes com hábitos lentos, além de comerem também matéria morta e ração pra peixe.

Foto e texto: Pedro Saldanha

Cirurgiões baianos (Acanthurus bahianus)

Parente muito próximo da conhecida 'Dori', do 'Procurando Nemo', esses peixes são um barato. Geralmente sua coloração é azulada, e sua nadadeira caudal são moderadamente emarginada. Possui dois espinhos na cauda, que provocam cortes dolorosos em seus predadores, como bisturis, por isso o nome. Geralmente vivem em grupos, e comem algas presentes nos corais. Aqui são muito encontrados, do norte ao sudeste brasileiro.

Foto e texto: Pedro Saldanha

Camarão-palhaço ( Stenopus hispidus )

É uma espécie muito comum em nosso litoral e, geralmente são encontrados em casal. Se reproduzem facilmente, mesmo em cativeiro. Com suas largas faixas de cores branco e vermelho por todo o corpo e, suas seis longas antenas, despertam a atenção dos leigos, mas para os aquaristas marinhos esse crustáceo tem a função de limpador, comendo resto de comida que porventura não são aproveitados, e caem no fundo do aquário. Seu esqueleto não cresce, por isso de tempos em tempos, eles precisam abandoná-lo pra formar outro. Nesta fase os crustáceos necessitam de abrigos seguros, mesmo em aquários, para se protegerem enquanto a sua nova carapaça é 'fabricada'. 

Foto e texto: Pedro Saldanha